quinta-feira, 28 de março de 2013

Em busca dos ovos de Páscoa

Quem quer ser criança outra vez? Basta ter imaginação e embarcar nesta viagem...
O coelhinho já chegou.... Veio pela calada da noite e está lá fora, atrás dos arbustos, a esconder os ovos, salpicados de cor, que trouxe na nave espacial em forma de ovo e com sabor a chocolate. 
Vamos correr, correr até encontrar o tesouro que o coelhinho deixou! Vamos? O meu pequeno já encontrou e deliciou-se com os ovos e com o coelho de chocolate branco que fez na escolinha.
E os ovos de Páscoa já estão todos pintados?

terça-feira, 19 de março de 2013

Ser Pai...


Hoje é dia do Pai. 
Sim, Pai com letra grande, porque sê-lo é ser-se grande em todos os sentidos. É estar com as antenas sempre ligadas se é que percebem o que quero dizer... Estar com a cabeça nas nuvens e, ao mesmo tempo, com os pés aterrados em terra. É estar presente nos bons e maus momentos. É também saber estar, ter uma postura muito própria de quem é pai e cada um tem-na à sua maneira, é certo. E, sobretudo, ser Pai, Pai e Pai. E quem o é, sabe bem do que falo. E quem o tem ou teve, também o sabe. 
Mas, na verdade, talvez dê mais valor e perceba muitas das coisas de ser Pai quando o é realmente, porque sê-lo pode ser tão simples como a palavra Pai ou mais complexo ainda como um livro em branco que começa a ser escrito a partir do momento em que se é Pai. E, perdoem-me os Pais - porque hoje é dia do Pai -, mas ser mãe também é assim. É escrever uma história todos os dias recheada de aventuras, com risos e também lágrimas à mistura. É descobrir um novo mundo e aprender com os filhos a ver o mundo pelos olhos deles: rir quando eles riem, chorar quando eles choram, ensinar-lhes regras e a ser um bom amigo, uma pessoa humilde e honesta. É querer enfiar-lhes um capacete na cabeça para não se magoarem ao darem os primeiros passos. É deixá-los crescer, ainda que só nos apeteça levá-los sempre pela mão para não tropeçarem nas coisas da vida e sofrerem.  É deixá-los viver a vida deles quando forem adultos, ainda que nos custe, porque serão os nossos meninos e meninas para sempre. É ser Pai... É quase como viver nas nuvens pela emoção e ter sangue frio para o que vier. Será mesmo assim?

quinta-feira, 7 de março de 2013

A revolta das gaivotas contra a austeridade...



Hoje estava bem pior do que isto!...
 - Vamos voar, mamã?, perguntava o meu pequeno, apanhado por uma rajada de vento que nos deixava quase sem fôlego e nos queria arrastar dali! Hoje estava um desses dias e parecia mesmo que íamos levantar voo como as gaivotas que fugiam do mar para se reagruparem num jardim ali bem perto.
O que não sabíamos é que elas se estavam a organizar contra a crise delas. Sim, também sofrem nas penas e nas asas os efeitos das medidas de austeridade, da Troika…
E não estavam nada contentes.... Eram tantas, tantas, que, de um momento para o outro, já se estavam a manifestar contra o vento, contra o temporal. Não sabíamos bem quem as liderava. Apenas que se tinham organizado num instante. E o vento, lá de cima, que as governa, queria saber quem as liderava, quem as mandou estar ali a refilar. E ficou tão louco, louco, que assobiava furioso e levava tudo pela frente. E lá levámos nós outra vez com uma corrente fria no rosto, que quase não conseguíamos respirar. Fomos empurrados para a frente e parecia que levantávamos voo novamente!...
No meio do temporal, reparámos que as gaivotas não traziam cartazes, nem faixas negras de revolta e de luto. Mas estavam chateadas, ai se estavam. E gritavam, gritavam à maneira delas, porque tiveram que fugir do mar que hoje estava tão furioso!
É bem verdade! O mar hoje estava para isso. Acordou assim: as ondas batiam umas nas outras com tanta robustez e velocidade que via-se logo que não estavam para brincadeiras. E olhem que altas que elas estavam que até olhavam para as gaivotas, as rochas e areia com desdém?... E engoliam tudo o que lhes aparecia pela frente enquanto entoavam um cântico, acompanhado do assobio enraivecido do vento, que até poderia ser a música de fundo do genérico de um filme de terror a antever um naufrágio de uma embarcação qualquer. Não havia como fugir a ele. Estava por todo o lado!
E já junto ao mar percebemos que, afinal, nem todas as gaivotas tinham desertado. Algumas ainda resistiam a saltitar na areia que o vento atirava para o ar e desafiavam-no a ele e à ira do mar. São como a gente rija do nosso tempo que continua a lutar, que continua a arregaçar as mangas em vez de se deixar ir com o temporal no colo do vento e balançar sem rumo ao ritmo das ondas do mar!
Hoje o temporal ganhou. Ainda assim, o vento, que as governa, ficou um pouco preocupado, porque nunca as tinha visto assim. Vai ficar mais manso durante uns dias até voltar a atacá-las com mais medidas de austeridade. Esta é a crise delas. Mas até bem que poderia ser a nossa. Não é verdade?